No Centro Histórico, um dos pontos turísticos está rodeado de verde: o Morro da Glória, com 128 metros de altura, área de preservação ecológica e uma das vistas mais belas da cidade.

   No século XVIII, quando ainda não existiam os Molhes da Barra, os navios tinham que atravessar a força das ondas nas pedras da entrada do canal Santo Antônio dos Anjos. Como ficavam muitas vezes dias esperando em alto-mar o momento exato para entrar em Laguna, os comandantes dos navios hasteavam bandeiras informando o que transportavam com a intenção de comunicar-se com a capitania, que ficava na Praça do Museu de Anita, antiga Praça da Bandeira. No alto do morro um soldado copiava as bandeiras do navio e do outro lado os integrantes da Capitania interpretavam e hasteavam a bandeira, informando como estava a maré. No alto do Morro o mesmo era feito. Ter uma nova bandeira no alto do morro do Sinal, atiçava a curiosidade do povo, interessado em descobrir o que transportava o navio ancorado em alto-mar. Uma farmácia no Centro Histórico organizou uma tabela com cada bandeira, o que provocava uma corrida até o balcão do estabelecimento.

   A construção dos Molhes da Barra facilitou a entrada de barcos na lagoa Santo Antônio, não havendo mais a necessidade da comunicação pelas bandeiras. Após isso, em 1953, o Morro trocou de nome com a construção da imagem de oito metros de Nossa Senhora da Glória, pela Congregação Mariana. O casal de escultores, Alfredo Itaege e Elisa Faccio Itaege, foram os responsáveis pela obra. O financiamento foi feito por Francisco Fernandes Pinho e a engenharia ficou a cargo de Colombo Machado Salles, com a rede elétrica instalada pela prefeitura de Laguna. 


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